Foram quarenta dias que Jesus permaneceu no deserto, sendo tentado pelo inimigo
“O Espírito levou Jesus para o deserto. E Ele ficou no deserto durante quarenta dias, e ali foi tentado por Satanás. Vivia entre os animais selvagens, e os anjos o serviam” (Mc 1, 12-13).
Neste 1º Domingo da Quaresma somos convidados pelo Senhor para abrir o coração e sermos conduzidos pelo Espirito Santo no Deserto da nossa vida. É nesta realidade que fazemos um encontro pessoal com Deus, e consequentemente, conosco, pois no silêncio que nos é proposto, temos a oportunidade de olhar no mais profundo do nosso interior e, ao mesmo tempo, as atitudes e ações que realizamos no decorrer dos nossos dias. Neste sentido, nos deparamos com as nossas fraquezas e fragilidades, de modo a compreender que estamos, ainda, distantes da perfeição que o Cristo nos exorta a buscar no caminho da santidade: “Sede, portanto, perfeito como vosso Pai celeste é perfeito.” (Mt 5,48)
O Evangelista Marcos nos apresenta ainda que, neste caminho de intimidade com Deus, o espírito do mal, o tentador, se faz presente, para afastar Cristo da comunhão com o Pai. Assim também acontece conosco, pois, ao cedermos ao pecado, damos livre acesso ao mau que tem um único objetivo: nos afastar da graça de Deus. Mas Jesus, na sua condição de Pessoa Trinitária, nos apresenta o modo pelo qual vencemos as tentações: o Evangelho, que é o próprio Cristo.
“Convertei-vos e crede no Evangelho” é um convite direcionado não só para esta quaresma, mas que deve ser reafirmado, todos os dias, em nossa vida. Converter-se a Jesus é reconhecer que Ele é a Palavra viva no meio de nós, pela qual vencemos as tentações que nos são impostas. Coloquemos Cristo no centro de nossas vidas, convergindo o nosso olhar para Ele que é a porta do Céu.
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