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Viva São Francisco de Assis!

Frattelli Tutti, um convite de dois "Franciscos" ao Amor Fraterno


Com enfoque franciscano, Fratelli Tutti, a terceira encíclica do Papa Francisco é baseada na fraternidade e simplicidade, legado de São Francisco de Assis.


No transcorrer dos seus capítulos, o documento aborda várias percepções pertinentes aos seguidores de Cristo, como a humildade, caridade e vivência fraterna. No primeiro capítulo, intitulado “As Sombras de um Mundo Fechado”, o Papa clama pela esperança, nos lembrando a contradição que existe em estarmos conectados virtualmente por meio de tanta tecnologia e, ao mesmo tempo, desconectados física e espiritualmente da criação, dos irmãos e, principalmente, do Pai. O santo padre nos convida a olhar o próximo com amor fraterno, restaurando as nossas ações para sermos mais como nos pede o Evangelho de nosso Senhor.

Lembrando dos mais vulneráveis, o Papa de uma passagem vivida por São Francisco de Assis: estavam ele e os seus seguidores fazendo o jejum de sexta-feira, quando um dos confrades, durante a noite, acorda os demais com gritos por se sentir incapaz de completar a penitência, preferindo a morte. São Francisco de forma amorosa, respeitosa e surpreendente convida todos os confrades a se alimentarem com o confrade que não conseguiu finalizar aquele propósito, no intuito de acolhê-lo em sua vulnerabilidade. O Papa Francisco propõe, assim, como ação no nosso cotidiano, que cada um de nós tenha um olhar humano, respeitoso, acolhedor e generoso com o próximo.


O documento também aborda a temática da diversidade cultural, propondo uma reflexão sobre a valorização da tradição de cada lugar. No convite a “Pensar e Gerar um Mundo Aberto”, o Papa lembra da importância de cada um, individualmente, dentro do todo, ressaltando que a diferença enriquece e dá a oportunidade de aprender com o outro. Ele ainda cita, como exemplo, a parábola do Bom Samaritano que, ao encontrar um homem ferido, se reconhece naquela pessoa necessitada e faz o que é justo e correto, independente das diferenças religiosas, culturais e raciais. Nesta temática, o santo padre reforça a necessidade de os países acolher os refugiados, lembrando da dignidade dada por Deus ao ser humano no momento da sua criação. Recordando a vida de São Francisco, é citada a história do santo com o lobo de Gúbio, do qual todos tinham medo. Vencendo o próprio receio, Francisco aproximou-se do lobo, abençoou e o inseriu no contexto social, após entender que o animal atacava e devorava os bichos para atender suas necessidades vitais. A partir daquele dia, o lobo não mais atacou os habitantes daquelas vilas e cidades e, porque foi amado, entendido e incluído, não passou mais fome.


Encerrando a Encíclica, o oitavo capítulo trata de “As Religiões ao Serviço da Fraternidade no Mundo”. Reconhecer Deus como Pai é entender todos como irmãos uns dos outros. É ver que as diferentes formas de crer podem, juntas, construir uma grande fraternidade onde reina a justiça e o amor. São Francisco de Assis trabalhou grandemente para tecer uma comunhão universal e continua presente nos dias de hoje cada vez que se vive o diálogo com as mais diversas culturas. Ele é modelo de respeito e de convivência harmoniosa, nos inspirando ao diálogo ecumênico. Quando quis reunir todas as religiões do mundo para rezar pela paz, São João Paulo II escolheu Assis, pela importância que o santo nascido naquela região tem para o diálogo aberto entre os diferentes. O Papa Francisco nos exorta a pedir a Deus que nos ajude a viver de forma fraternal, onde a paz é irmã da justiça, promovendo que todos proclamem o nome do Senhor, e que a Sua santa mão reúna todos os homens e mulheres de boa vontade para caminharem juntos em vista de um mundo melhor.


Irmãos e Irmãs, Paz e Bem!



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